Ceará e Palmeiras ficam no zero e Felipão segue em jejum de vitórias
O Palmeiras não jogou bem, mas ao menos manteve uma escrita diante do rival: segue sem nunca ter perdido para os alvinegros. Em 16 jogos, são dez vitórias palmeirenses e seis igualdades - contando a deste domingo.
Com um a menos em parte da segunda etapa, o time paulista segurou o ímpeto dos cearenses graças a Deola, que fez ótimas defesas no fim. Já os donos da casa sofreram com a falta de um finalizador e chegaram ao segundo empate seguido no Campeonato Brasileiro, que desapontou a grande torcida presente no Castelão. Se não fosse Diego, o time poderia sair derrotado em casa. O Ceará segue sem vencer desde o fim da Copa do Mundo.
Com 20 pontos, a equipe alvinegra segue na terceira posição, um pouco mais distante do líder Corinthians. Já o Verdão, ainda no meio da tabela, soma 14 pontos. A próxima chance de vitória para Felipão será no domingo, contra o Corinthians, às 16h. O Ceará visita o São Paulo no sábado, às 18h30, no Morumbi.
Times leves, mas sem poder de fogo
Por motivos diferentes, as duas equipes entraram em campo com formações parecidas, mais leves e sem homens de referência no ataque. Pelo Ceará, Washington não pôde jogar por conta de uma cláusula em seu contrato. Como ainda pertence ao Palmeiras, ele foi impedido de entrar em campo contra o time alviverde. O ataque foi formado por um trio de velocistas: Misael, Tony e Erick Flores.
Já o Verdão, sem Edinho, Marcos Assunção e Pierre, também apostou em um jogo de velocidade. Felipão surpreendeu e deixou apenas Márcio Araújo com o trabalho de marcação. Tinga, Lincoln e Patrik tinham a missão de municiar Ewerthon e Kleber.
Os dois times sentiram a falta de um finalizador. Principalmente o Ceará. Se Magno Alves, apresentado oficialmente antes do jogo, estivesse em campo, a história poderia ter sido diferente. O leve ataque de Estevam Soares soube envolver a defesa palmeirense, mas pecou na hora do chute. Deola só teve trabalho em duas ocasiões: um chute de Erick Flores, logo no início, e uma cabeçada de Careca, que o goleiro defendeu em cima da linha de gol.
Retraído, o Palmeiras só levou maior perigo em um contra-ataque. Aos 29, Ewerthon avançou pela direita e encontrou Kleber na área. O Gladiador dominou, mas chutou sem força nas mãos de Diego.
O primeiro tempo terminou morno. Com boa qualidade e poucos erros de passe, é verdade, mas sem oportunidades mais claras. Era preciso chutar mais a gol para o jogo ter alguma emoção.
Aprenderam?
Para sorte de quem assistiu, os times descobriram que sem finalizar, não há como tirar o zero do placar. Mesmo sem substituições, o Palmeiras voltou para o segundo tempo querendo jogo. Na base da força, Kleber quase abriu o placar aos 6 minutos. Ele girou na pequena área, se livrou de Careca e soltou uma bomba de pé esquerdo, atingindo o travessão.
O Ceará também percebeu seria difícil fazer gol se não chutasse em direção à meta. Tony aprendeu bem com os erros do primeiro tempo e sentiu que deveria tentar. Por isso, arriscou da intermediária e Deola teve de se desdobrar para fazer a defesa. A vida dos goleiros começava a ficar mais difícil...
Estevam Soares foi o primeiro a tentar algo diferente, sacando Erick Flores para a entrada de Wellington Amorim, homem de área. Logo no primeiro lance, ele se antecipou à zaga e cabeceou uma bola que passou raspando a meta palmeirense.
Mas coragem, mesmo, o Ceará só criou quando Léo foi expulso após falta infantil em Camilo. Só a partir daí o time alvinegro abriu mão do esquema com três volantes e lançou o experiente Clodoaldo, baixinho que fez sucesso no rival Fortaleza. Ele já entrou em campo cobrando uma falta, que por muito pouco não foi no ângulo esquerdo de Deola.
A pressão continuou, justamente com os únicos dois jogadores que não hesitaram em chutar a gol. Wellington Amorim tentou, com o pé direito, de cabeça, mas sempre parou em Deola. Clodoaldo, idem. O camisa 22 palmeirense foi o responsável por segurar o 0 a 0 que, no fim das contas, acabou sendo lucro para o Verdão.
Diego, Oziel (Camilo), Fabrício, Anderson e Ernandes; Michel (Clodoaldo), Careca, João Marcos e Tony; Erick Flores (Wellington Amorim) e Misael | Deola, Vítor, Léo, Maurício Ramos e Armero; Márcio Araújo, Tinga, Lincoln (Gabriel Silva) e Patrik; Ewerthon (Leandro Amaro) e Kleber (Tadeu) |
Técnico: Estevam Soares | Técnico: Luiz Felipe Scolari |
Cartões amarelos: Michel (CEA); Léo (PAL). Cartão vermelho: Léo (PAL) | |
Estádio: Castelão, em Fortaleza (CE). Data: 25/7/2010. Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa-RJ). Auxiliares: Ricardo Almeida e Jorge Antônio Pinheiro Lobato (ambos do RJ) |
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